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As narrativas de pacto com o diabo no sertão do Urucuia.

  • Foto do escritor: pactodaviola
    pactodaviola
  • 12 de fev. de 2024
  • 1 min de leitura

Atualizado: 24 de mar. de 2024



As narrativas de pacto com o diabo permeiam as comunidades do sertão do Urucuia. Contraditoriamente, poucos admitem abertamente a crença na existência do diabo, pois apenas mencionar seu nome pode ser suficiente para fazê-lo atuar em sua vida. Na cultura local, admitir a crença no diabo é, de certa forma, estabelecer uma relação com ele.

Além do aspecto fantástico, as histórias de pacto muitas vezes servem como ferramenta para desdenhar e difamar o talento de violeiros e desafetos ao se insinuar que sua habilidade não é divina, mas sim resultado de um pacto demoníaco. Em torno dessas narrativas, circulam receitas que detalham como invocar o diabo e fechar um pacto, mas também há aquelas que oferecem maneiras de escapar da dívida, transferindo-a para que outro indivíduo a pague em seu lugar.


Sempre disposto a conceder o dom da viola em troca da alma do violeiro, o diabo assume o papel central nas histórias de pacto. As evidências do pacto realizado se revelam na destreza e talento adquiridos de forma rápida pelo tocador.


Suas aparições são marcadas pela sutileza e muitas vezes se manifestam por meio de fenômenos naturais. Além disso, eventos cotidianos, como uma porteira fechada que obstrui o caminho da Folia de Reis, podem ser interpretados como manifestações do diabo.

 
 
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